Entre a polícia e a máfia de Hong Kong
True Crime trocou de desenvolvedora, mas não de tema. Novamente, a questão moral do “aja como um bandido sem se tornar um bandido” volta à pauta, conforme o detetive Wei Shen se esforça para subir até os altos escalões da máfia de Hong Kong... Sem sucumbir às tentações do crime organizado. Alguém aí se lembrou de Splinter Cell: Double Agent?
Tudo bem, a história não é tão original assim. Mas não se pode dizer o mesmo da jogabilidade de True Crime: Hong Kong. Em vez de se lançar como mais um título “quero-ser-GTA”, a desenvolvedora United Front Games — a mesma de ModNation Racers — trouxe à diversãosandbox clássica novos elementos, a maior parte deles ligado à ação ininterrupta e moralmente reprovável.
Uma TV, um refrigerador, uma lata de lixo... Qualquer coisa pode ser uma arma
Mas foi durante a última edição da E3 (Electronic Entertainment Expo) que a Activision finalmente revolveu mostrar alguns trechos de ação com mais substância, embora os combates desarmados realmente tenham roubado a cena.
De fato, em vez de simplesmente sair disparando socos e se desviando dos ataques, em True Crime: Honk Kong você poderá sim despachar os inimigos na pancada, mas não sem deixar sérias sequelas antes disso. Isso significa socar e chutar, mas também desferir combos, quebrando braços e inutilizando joelhos durante o processo.
Mas existe outro ponto alto aqui: praticamente qualquer coisa do cenário é uma arma em potencial. Wei Shen pode utilizar elementos ao redor para temperar um pouco mais os seus combos. Por exemplo: enfiando a cara de um sujeito azarado em uma TV, jogando outro em uma lata de lixo e, finalmente, esmagando a cara de um terceiro em um aparelho de ar condicionado.
Você vai liberar esses golpes mais ou menos como fazia em Condemned 2: Bloodshot. Agarre o sujeito, aproxime-se de um local do cenário potencialmente dolorido, e aperte o botão certo. A diferença é que, aqui, você precisará primeiro atordoar os oponentes.
Perseguições
A perseguição a pé demonstrada durante a E3 foi interessante por dois motivos. Primeiro, foi possível apreender um pouco mais dos novos ambientes urbanos da franquia; Hong Kong está mais atulhada e cosmopolita do que nunca, e os transeuntes agem, digamos, como transeuntes realmente deveriam agir. Segundo, tornou-se evidente que a United Front Games resolveu acrescentar à franquia alguns elementos do parkour.
Conforme persegue um suspeito pelas ruas de Hong Kong, Wei terá que levar em conta diversos elementos, como as pessoas que transitam pelas ruas (e são muitas) e também as estruturas do cenário que devem ser saltadas ou desviadas — você pode saltar sobre mesas e ou andar pelas paredes.
Outro trecho trouxe Wei em uma clássica missão sobre rodas — no caso, uma lustrosa motocicleta — através do belo pôr do sol da cidade. Você terá que guiar a moto e atirar simultaneamente, embora o tempo transcorra mais lentamente. Em determinado momento, Wei ainda pegará um mafioso como refém enquanto atira em pneus e motoristas de carros inimigos.
Enfim, embora não pareça exatamente inovador, True Crime: Hong Kong tem potencial para ao menos trazer um novo fôlego para o já desgastado sandbox. Interessado no papel de agente duplo? Então fique ligado para mais novidades. True Crime: Hong Kong tem lançamento previsto para dia 21 de setembro
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